quinta-feira, 9 de junho de 2011

Eu

Eu sou aquela que pouco releva sobre o que pensa,
Aquela que tem medo de não sei o quê.
Eu sou aquela que sempre compensa,
Tudo aquilo que não pode fazer.
Eu sou aquela que erra tentando acertar
Sou aquela que vive mais de crítica, do que parabenização.
Aquela que ri, mesmo se quer chorar,
A que anda aos tropeços, por desatenção.
Eu sou aquela que na raiva, desconta.
Que omiti, por temer.
Que em briga, acusa e aponta.
Aquela,
Que no poema de “Florbela”,
Chora sem saber porquê.
Eu sou aquela que mudou constantemente.
Sou o avesso do ontem.
O passado do futuramente.
e o espelho do  anteontem.
Eu sou aquela de sorriso fácil.
Aquela que quando acredita, persiste.
Eu sou aquela de alma e corpo, frágil.
E, também aquela que só escreve,
se tá triste.

(M.)

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