Ei, você.
Ei, é de você que ela gosta.
Não é dos assobios que ela recebe quando anda na rua, dos convites que recebe para sair, ou dos elogios descarados que fazem para ela.
Ei, é de você que ela gosta.
Não é de quem ela troca olhares num bar, número de telefones ou endereços de redes sociais.
Com você, ela troca carinho,
troca confissão,
troca intimidade.
Ei, é de você que ela gosta.
Não é daquele pra quem ela finge ser o que não é,
para o qual ela diz sentir o que não sente,
para o qual ela esconde o que pensa e não fala o que gostaria de falar.
Ei, é de você que ela gosta.
Não são daqueles que a ligam, e fazem ela deixar o celular tocando, até cair na caixa postal.
Ei, é de você que ela gosta.
Não é daquele que chegou alvoroçado, esbaforido, que ela podia,
facilmente,
ter.
Ei, é de você que ela gosta.
Não são daqueles para quem ela conversa futilidades e assuntos relevantes.
Com você, ela conversa sobre suas afinidades, gostos comuns e incomuns,
sonhos, projetos...
Ei, é de você que ela gosta.
Não são daqueles que um tanto a elogiam. Você a elogia, mas elogia com os olhos.
E, de uma forma fantástica, ela entende.
Aliás, ela entende um bocado de outras coisas que você diz, apenas, com os olhos...
Ei, é de você,
você mesmo,
que ela gosta.
E você ainda nem parou para perceber...
(M.J)