domingo, 19 de dezembro de 2010

Sobre despedidas

"Despedir-se não é entristecer-se pela última estadia com alguém. É guardar esperanças de um reencontro.
Despedir-se não é relembrar, na hora da partida, tudo o que passou. É desejar reviver, em poucos segundos, tudo tão intensamente.
Despedir-se não é apenas deixar saudades. É deixar vazio, deixar rostos tristes, deixar vontades de agarrar aquela pessoa e nunca mais soltar.
Despedir-se não é dar abraços, é marcar a alma. 
Despedir-se não é lembrar que "não vamos perder o contato" ou "eu darei notícias". É jurar que nunca vai esquecer, e não esquecer; é jurar que vai sentir saudades, e sentir.
Despedir-se não é organizar malas, é organizar lembranças de bons e maus momentos vividos.
Despedir-se não é lacrimejar os olhos. É romper em prantos, é desesperar-se, é chorar com o corpo.
Despedir-se não é sibilar "adeus". É desejar sussurrar  um "Até breve, amiga, a gente se reencontra"...


(Por mim)

2 comentários:

  1. Bom texto. Tenho a alma marcada demais, se for assim pensar. Mas antes isso que rasgá-la.

    E que fique aqui o desejo, o sonho, a vontade: Até breve, bastante breve.

    ResponderExcluir
  2. Lindo texto, de intensas palavras e mensagens.

    O final me lembrou o refrão da música de Ozzy Osbourne, goodbye to romance; I guess that we'll meet, We'll meet in the end.

    ResponderExcluir